Assim como esperado, a economia brasileira teve queda em janeiro. O recuo foi de 0,56% sobre dezembro, com ajuste sazonal.
Foi o que mostrou o Índice de Atividade Econômica. O IBC-Br é calculado pelo Banco Central e chamado de prévia do PIB, que é divulgado trimestralmente pelo IBGE.
Era esperado um resultado negativo, puxado pelo recuo da produção da indústria e também pelo desempenho negativo do setor de serviços. Apenas o varejo teve aumento de vendas no primeiro mês de 2018.
Importante lembrar que dezembro foi uma base alta, quando o IBC-Br atingiu o maior patamar de 2017, inclusive. Tanto que, apesar da queda, o índice de janeiro ficou em 138,21 pontos, acima de todos os outros meses do ano passado e também de todo 2016.
— O IBC-br veio até acima do esperado, mas refletiu o que a gente já estava observando nos dados de janeiro, que foi uma perda de dinamismo da atividade industrial e dos serviços. É mais um dado que deve contribuir para nossa revisão do PIB do primeiro trimestre de 1% para 0,7%, aproximadamente — analisa Ivo Chermont, economista-chefe da gestora de fundos Quantitas.
No acumulado de 12 meses, o IBC-Br ainda fica no positivo, com um avanço de 1,2% na atividade econômica brasileira. Ainda é longe, no entanto, da previsão do mercado para o crescimento do PIB em 2018. No relatório Focus desta segunda-feira (19), o mercado projeta +2,83%, novamente um corte nas apostas.