O varejo começou 2018 com o pé direito. A avaliação é, adivinhem, de uma entidade industrial. Foi assim que o Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial começou a análise dos dados do IBGE que apontaram crescimento de 0,9% nas vendas do varejo brasileiro em janeiro sobre dezembro, depois da queda em relação a novembro.
O IEDI ressaltou que oito dos dez ramos pesquisados tiveram crescimento. Acrescentou ainda que os segmentos que têm contribuído são os mais dependentes do crédito e do nível de confiança dos consumidores. E são justamente aqueles que mais perderam ao longo da crise, como o comércio de veículos e autopeças, material de construção, móveis e eletrodomésticos. No Rio Grande do Sul, a coluna lembra que, na comparação com janeiro de 2017, as vendas de móveis cresceram mais de 30% e de eletrodomésticos, mais de 50%.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo revisou sua projeção para o volume de vendas no varejo ampliado de +5% para +5,2% ao fim de 2018.
— A ancoragem das expectativas em relação à inflação abaixo do centro da meta neste ano deverá viabilizar a intensificação da queda das taxas de juros na ponta nos próximos meses e, consequentemente, permitir a continuação do processo de recuperação do volume de vendas do setor — afirma o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes.
Também pela primeira vez em cinco anos, todos os estados brasileiros registraram aumento no faturamento real do varejo. As maiores taxas positivas ocorreram nos Estados de Santa Catarina (+20,6%), Rondônia (+19,0%) e Amazonas (+14,6%).