Acostumado a analisar os casos de inadimplência enfrentados pelas empresas, o Instituto de Estudos de Protesto do Rio Grande do Sul preparou para os leitores da coluna cinco dicas para se evitar o calote:
1 - Formalize a relação comercial: seja a venda de um produto, prestação de um serviço ou até locação, é fundamental documentar o que foi realizado. Um contrato, com validade jurídica, deve determinar os direitos e responsabilidades das partes envolvidas na negociação. É uma proteção para todos.
2 - Pagamento à vista: ofereça vantagens para incentivar que o cliente tenha interesse em pagar à vista. Descontos para essa modalidade de pagamento precisam ser atrativos. Receber os valores em parcela única pode evitar a inadimplência após o produto entregue ou serviço realizado.
3 - Conheça o cliente: use as ferramentas disponíveis para verificar se há restrições de crédito no CPF ou CNPJ da outra parte de um negócio. Uma das ferramentas para essa finalidade é a Consulta Nacional de Protesto, aplicativo que aponta se há ou não qualquer protesto em nome de empresas ou pessoas físicas.
4 - Cadastro em dia: realize o preenchimento do cadastro do cliente e o mantenha atualizado com frequência. Nada adiantará a tentativa de cobrança posterior se a empresa não possui todos os dados para localizar o devedor.
5 - Formas de cobrança: procure informar sobre a inadimplência com o envio de um e-mail ou através de contato telefônico. Essas são maneiras gentis e uma boa prática de manter relação saudável com o cliente.
O IEPRO-RS enfatiza a cobrança via protesto como boa opção. Para isso, informa para a coluna também os dados de fechamento de 2017. No ano passado, 75% dos casos foram resolvidos com a quitação ou acordo de pagamento em até três dias úteis. Em 2016, o índice era menor, de 65%.
— É um serviço totalmente ágil. Toda a gestão de documentos é feita pelo Instituto, com suporte técnico para que o título seja enviado ao cartório que corresponde à região do devedor, com todas as particularidades necessárias para efetivar a cobrança — explica o tabelião e presidente do IEPRO-RS, Romário Mezzari.
Em 2017, bancos e instituições privadas enviaram 2,5 milhões de títulos por convênio digital para o Instituto de Estudos de Protesto do Rio Grande do Sul. Lembrando que nem entram nesse montante as certidões de dívida ativa (CDA's) apresentadas por órgãos públicos.