O Rio Grande do Sul cortou 1.541 vagas no setor de turismo em 2017. O dado aparece em um estudo da Confederação Nacional do Comércio. No ano anterior, já acumulava a extinção de 3.702 postos de trabalho.
Foi o único Estado da região Sul a ficar no negativo. Tanto Paraná quanto Santa Catarina criaram mais de 1 mil empregos cada um no ano passado.
A CNC analisa que, regionalmente, o mercado de trabalho nos serviços de turismo foi bastante influenciado pela capacidade de recuperação econômica de cada Estado. Ou seja, é um bom motivo para o resultado do Rio Grande do Sul.
No país, os eixos do crescimento do emprego no turismo ficaram no Centro-Sul, destaque para Goiás, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. No Nordeste, sobressaíram Ceará e Piauí.
Na contramão, o Rio de Janeiro tem sido o destaque negativo, apesar de exercer forte atração turística doméstica e internacional. A violência e crise financeira tiveram forte impacto, segundo a entidade. Foram extintos 19.628 empregos no turismo.
Nacionalmente, os segmentos que mais sustentaram empregos formais no turismo foram os de hospedagem e alimentação. Por outro lado, o transporte de passageiros foi o principal responsável pelo desemprego no setor, seguido dos serviços de cultura e lazer.
Para a CNC, as atividades de turismo vêm sendo afetadas pelas condições da economia, como a queda da procura. Os ajustes orçamentários e as escolhas que as famílias realizaram nos últimos anos devido ao desemprego e à alta dos preços e dos juros atingiram, sobretudo, os ramos das atividades econômicas ligados ao lazer e às necessidades secundárias. Além da situação, o crescimento da violência tem afugentado investimentos e provocado redução na receita que vem de turistas estrangeiros.