Ainda sem solução para a crise na empresa, o diretor financeiro da Stemac contou para a coluna que está negociando em três frentes. Valdo Marques explicou que cada uma tem um prazo, mas todas são necessárias para recuperar a fabricante de geradores elétricos.
Uma delas é lidar com o passado da empresa, renegociando as dívidas que se formaram nos últimos anos. Como se chama, "reperfilar" o endividamento da empresa.
Outra medida no curto prazo, é insistir no aporte financeiro negociado com um fundo de investimentos. Este dinheiro seria quitar dívidas e restabelecer a capacidade operacional da empresa, aproveitando a expectativa de retomada em 2018 para o setor de bens de capital.
Conseguindo isso, o diretor afirma que as dívidas trabalhistas têm prioridade de quitação. De 2015 para cá, a Stemac reduziu o quadro de funcionários de 2,7 mil para 1,05 mil pessoas. Não tem cumprido cronograma de verbas rescisórias e nem de pagamentos a trabalhadores que seguem na empresa.
— Nós todos somos funcionários da empresa e estamos sendo impactados. Temos que trabalhar juntos para sair da crise — afirma o diretor Valdo Marques.
Ex-funcionários fizeram um protesto na frente da empresa recentemente e o sindicato está ajuizando ação já que o acordo de pagamento não foi cumprido. A informação é do diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, Alfredo Gonçalves.
E para um prazo mais longo, o diretor da Stemac, Valdo Marques, diz que está negociando uma possível fusão ou até venda com restruturação societária. Dois bancos foram contratados para prospectar interessados. Foram recebidas já três propostas que estão em análise. Por enquanto, está descartado o pedido de recuperação judicial.
Durante a crise, o faturamento da Stemac despencou. Pouco antes, a linha de produção tinha sido transferida do Rio Grande do Sul para em Itumbiara, no interior de Goiás. A sede segue em Porto Alegre.