Ano que vem tem eleição. Por mais que a economia tenha descolado um pouco da política após o escândalo com a JBS em maio deste ano, é impossível separar totalmente as duas áreas.
Empresários já projetam um ano de fortes emoções. Por isso, paira uma incerteza sobre investir, contratar, ampliar operações e tudo que envolve elevação de custos.
— Será um período onde a análise de cenários passará do mais otimista até o mais pessimista — diz o presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo, Vilson Noer, que está deixando em janeiro a presidência da entidade que criou.
Mesmo com essa indefinição e com viés otimista, Noer aposta no crescimento de 3% do PIB:
— O que criará novas perspectivas para a economia, mais emprego e mais renda. Traz ao varejo em especial grande alento o que nos faz projetar em termos nominais um crescimento de 7,5% de vendas.
Pesquisa da AGV enviada para a coluna Acerto de Contas identificou que 55% dos lojistas pretendem investir em 2018, em especial na abertura de novas operações. A projeção tem como base uma consulta feita às 135 entidades afiliadas.
Vilson Noer também lembra que é ano de Copa do Mundo, que tradicionalmente movimenta o comércio. A entidade projeta para o mês de dezembro deste ano um aumento de 5,2% nas vendas, comparado com a queda de 9% registrado em dezembro de 2016.