A remoção para distantes prisões federais de "segurança máxima" de 18 líderes do narcotráfico presos no Rio Grande do Sul mostrou a capacidade de organização da polícia e, ao mesmo tempo, o poder de articulação do crime. Tudo se fez em ordem e sigilo máximo, para que nada transpirasse e interrompesse a transferência.
Ou seja, o próprio aparelho público está infestado de alcaguetes alimentados pela corrupção que o crime organizado montou, há anos, sob nossos narizes. As ordens de matar com sanha, degolando ou esquartejando, vêm de dentro das prisões, quase sempre. E, por sua vez, têm toques de "vingança" contra o promíscuo regime carcerário, em que centenas se amontoam dia e noite, numa exasperação que acentua os mais baixos instintos, sem promover qualquer recuperação.
Mas quem alimenta o poder do crime, senão os consumidores da droga que "pagam em dia" e, assim, estão livres de vingança? Por isto, o problema da droga tem várias pontas, não só a da repressão policial.
A sociedade de consumo facilita reunir insatisfeitos em busca do falso prazer artificial da droga, seja qual for. Todos se sentem levados a virar "líderes", como se a vida fosse competição, não convivência solidária. Assim, só uma ação combinada de diferentes setores (com a polícia e os governos) pode vencer a droga.
O velho adágio de que abrir uma escola fecha uma prisão vem sendo esquecido nestes tempos da nova crueldade do narcotráfico. No Rio Grande, escolas vêm sendo fechadas e as que continuam sofrem com a baixa remuneração que fere a nobre profissão de professor. A violência do dia a dia, em que até a nova pseudomúsica machuca a alma com um tum-tum-tum ferino e letras obscenas, atua como escola paralela.
As vulgares invencionices das "redes" completam o quadro em que aluno bate em professora, num caos deseducador. Hoje, há uma escola fora da escola, mas ainda vale abrir escolas para fechar prisões.
A sociedade de consumo facilita reunir insatisfeitos em busca do falso prazer artificial da droga, seja qual for. Todos se sentem levados a virar “líderes”, como se a vida fosse competição, não convivência solidária.
Assim, só uma ação combinada de diferentes setores (com a Polícia e os governos) pode vencer a droga.
O velho adágio de que abrir uma escola fecha uma prisão vem sendo esquecido nestes tempos da nova crueldade do narcotráfico. No Rio Grande, escolas vêm sendo fechadas e as que continuam sofrem com a baixa remuneração que fere a nobre profissão de professor. A violência do dia a dia, em que até a nova pseudo música machuca a alma com um tum-tum-tum ferino e letras obscenas, atua como escola paralela.
As vulgares invencionices das “redes” completam o quadro em que aluno bate em professora, num caos deseducador.
Hoje, há uma escola fora da escola, mas ainda vale abrir escolas para fechar prisões.
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Educar é, antes de tudo, enfrentar o desconhecido, como fez a física Márcia Barbosa, pesquisadora da UFRGS, ao desvendar as 72 anomalias da água, aplicável em casos de escassez. A pesquisa levou a revista Forbes, dos EUA, a apontá-la entre as 20 mulheres “mais poderosas” da ciência.
Quão diferente é o que nos lega a física Márcia, comparado à cobiça do lucro fácil da pretendida mina de carvão a céu aberto, junto ao Delta do Jacuí, que (em poucos anos) pode degradar o Guaíba e nos deixar sem água, nosso bem maior que ela estudou para proteger.
A pesquisa científica, aliada à visão social (não à cobiça mesquinha), deveria ser o suporte natural do ato de governar em todas as áreas do Executivo e do Legislativo.