Ainda falta a aprovação dos sócios, mas a operação de venda do Bahia para o City Football Group, aderindo ao modelo SAF, poderá realmente acontecer. Na noite de sexta-feira (23), Guilherme Bellintani, presidente do clube, apresentou aos conselheiros os números do projeto.
O City Football Group, que administra diversos clubes pelo mundo (o Manchester City é o principal) se compromete a aportar R$ 1 bilhão na SAF a ser constituída pelo Bahia, sendo que R$ 500 milhões serão para contratação de jogadores. O restante é para pagamento de dívidas do clube e investimento em infraestrutura e categorias de base.
O prazo é de 15 anos para cumprir esta obrigação, mas a previsão é de que boa parte do investimento em contratações seja feito nos primeiros anos do projeto, pois ao longo do tempo o objetivo é se tornar referência em revelação de jogadores.
Além disso, haverá obrigação contratual sobre o valor da folha de pagamento, que será de R$ 120 milhões por ano, ou 60% da receita bruta da SAF, sem contar receitas de vendas de atletas.
Isto significa que a folha ficará em cerca de R$ 10 milhões por mês, valor semelhante ao de Inter e Grêmio. Mas, se o projeto for aprovado pelos sócios, o Bahia, ao que tudo indica, terá um poder maior para fazer contratações de novos jogadores em 2023 do que a dupla Gre-Nal. E sem dívidas.
Pela capacidade de investimento, não será um time para brigar com Flamengo e Palmeiras, mas certamente o Bahia vai entrar na disputa pelos primeiros lugares na tabela do Campeonato Brasileiro, disputando vaga na Libertadores.