Já eliminado da Libertadores, o Inter levou uma multa pesada da Conmebol, no valor de US$ 50 mil (R$ 261 mil). A entidade enviou um comunicado informando que o clube cometeu infrações nos artigos 6.1 e 6.3.3 do Manual de Clubes do torneio. Os artigos tratam dos patrocinadores oficiais da competição e marketing de emboscada.
A Conmebol não divulga detalhes, apenas informa a multa. Pelo que apurei, foi realizada uma ação publicitária utilizando a marca da Libertadores sem autorização. Nestes casos, o clube é responsabilizado mesmo se a ação for realizada por um parceiro comercial. O Inter poderá recorrer da decisão.
Nos últimos anos, especialmente Fifa, Uefa e Conmebol passaram a cuidar muito destas questões. O chamado marketing de emboscada é uma estratégia em que empresas, produtos ou serviços buscam se associar a um determinado evento esportivo, cultural, musical ou social sem patrocinar o mesmo. Pode-se entender como um conjunto de ações publicitárias paralelas a um evento feitas por marcas não-patrocinadoras.
Na Libertadores de 2020, o Grêmio foi punido pela Conmebol pelo mesmo motivo.
O artigo 6.1 trata de patrocinadores oficiais e diz o seguinte:
"Os patrocinadores e licenciados da CONMEBOL Libertadores formam um grupo exclusivo composto por até 10 patrocinadores, um fornecedor de material esportivo e licenças oficiais validadas pela CONMEBOL. Cada integrante desse grupo conta com exclusividade em sua categoria de produto e proteção da marca."
Já o artigo 6.3.3 trata de marketing de emboscada e diz o seguinte:
"Cada clube participante garantirá, assim como todos seus patrocinadores e parceiros comerciais, que se absterão de realizar qualquer atividade publicitária e/ou promocional que possa ser considerada como marketing de emboscada ou de vincular a imagem do Torneio com patrocinadores e sponsors que não tenham adquirido direitos da CONMEBOL. Isso inclui a rejeição de qualquer atividade publicitária e/ou promocional, em qualquer ambiente ou suporte físico digital, que possa gerar qualquer visibilidade às marcas que não sejam associadas à CONMEBOL, nem tenham adquirido nenhum direito da CONMEBOL, ou levar à suposição razoável de que o Torneio ou outros direitos de acesso ao mesmo podem ser adquiridos por terceiros não patrocinadores oficiais em seus respectivos ramos."