A notícia da noite de terça-feira (4), com o anúncio oficial da permanência de Guererro no Inter, foi surpreendente. Isto porque todas as declarações de Vinícius Prates, empresário do centroavante, tinham sido enfáticas com o desejo da rescisão do contrato e a manifestação de insatisfação com a postura da direção colorada.
Depois do acerto da permanência, Guerrero chegou a gravar um vídeo e falou que "a página está virada" e que "a cabeça está totalmente focada em ajudar a equipe". Na nota oficial divulgada pelo Inter, o texto cita que "o atleta e seu procurador retiram toda e qualquer afirmação de desrespeito e falta de ética por parte dos dirigentes".
É claro que em apenas três dias não houve uma mudança tão radical de opinião. O que aconteceu é que Guerrero não conseguiu sair do Inter da maneira como gostaria, apenas deixando de receber o seu salário até o final de 2021 e devolvendo proporcionalmente as luvas recebidas.
A direção colorada manteve uma postura firme na reunião de terça-feira e exigiu o pagamento da multa rescisória, além da devolução proporcional das luvas, o que daria cerca de R$ 20 milhões.
Sem alternativa, restou a permanência no Beira-Rio ou uma discussão na Justiça. Agora, Guerrero precisará recuperar dentro de campo a confiança do torcedor.