A redução salarial nos contratos dos jogadores de futebol é uma realidade. Está aí o caso do Inter como exemplo. Um belo gesto dos atletas, que aceitaram reduzir em 25% os seus vencimentos para tentar garantir o emprego dos demais funcionários.
Isto poderá ocorrer também em outros clubes, inclusive no Grêmio, mas um detalhe muito importante precisa ser observado. A redução salarial não pode ser imposta pelos dirigentes, é preciso uma negociação.
Na série "Futebol do Futuro", o advogado Marcos Motta, que cuida dos contratos de Neymar, fez uma frase interessante: "quem tentar um corte abrupto de salário, vai perder agora ou no futuro, na Justiça".
Segundo ele, a mensagem é "sentar, negociar, entender e ajustar". Esta é uma questão fundamental. Naturalmente, os contratos que terminarem em 2020 ou 2021 serão renovados em outras condições. Mas muitos jogadores tem contratos longos, por exemplo até 2023. Este será um problema para os clubes que não conseguirem se recuperar financeiramente.
Neste momento, diria que as negociações para revisão de salários ainda estão longe do final. A não ser que o futebol, em nível nacional e internacional, volte com força até o fim de 2020.