A Conmebol abriu guerra contra a Associação de Futebol Argentino (AFA). O motivo é a série de acusações feitas pelos argentinos após o título da Seleção Brasileira na Copa América.
Messi não foi o único a acusar a Conmebol de favorecer o Brasil. O presidente da AFA, Cláudio Tapia, emitiu uma nota ratificando as críticas e sugerindo que as arbitragens são imparciais também na Libertadores.
As críticas não foram bem recebidas na Conmebol. Nesta terça-feira (23), a entidade divulgou um comunicado com a informação de que Tapia foi retirado do conselho da entidade na Fifa. Ele deixa de ser o representante da América do Sul no futebol mundial.
Será realizada uma eleição para definir o novo integrante da Conmebol no conselho da Fifa. Na prática, está sendo diminuído o poder político da Argentina no futebol sul-americano.
Após décadas de proximidade, a relação entre Conmebol e AFA nunca esteve tão ruim. E isto poderá ter reflexos na Libertadores. Neste momento, Grêmio e Inter não enfrentam os argentinos, mas River Plate, Boca Juniors, San Lorenzo e Godoy Cruz seguem na competição, e um encontro poderá ocorrer até na final.
O que ouvi de pessoas influentes é que absurdos como os benefícios ao River Plate na Libertadores de 2018 não se repetiriam hoje. Parece que finalmente a Conmebol resolveu enfrentar a força política do futebol da Argentina.