A Fifa já tem na mesa as duas propostas de fórmulas para o novo Mundial de Clubes. Após uma sequência de reuniões, a última no Rio de Janeiro, a entidade vai discutir com as federações a situação na metade de março, em Miami. A força-tarefa criada para estudar os formatos possíveis é liderada pelo croata Zvonimir Boban.
Conversei com dirigentes da CBF que participaram dos encontros com a alta cúpula da Fifa. Por tudo o que foi discutido, e definição vai ficar entre uma destas duas possibilidades:
— A ideia inicial da Fifa, com um torneio de quatro em quatro anos, com 24 clubes, no lugar da Copa das Confederações. A estreia do novo formato seria em 2021. A América do Sul teria pelo menos cinco representantes, e o Grêmio entraria como o campeão da Libertadores de 2017.
— A proposta da Conmebol, com um torneio anual, em uma sede e com 14 equipes. Vagas para o campeão e vice da Libertadores, além do campeão e vice da Copa Sul-Americana.
A primeira possibilidade é a preferência do presidente da Fifa, Gianni Infantino. Neste caso, seria interessante para o Grêmio, que teria lugar garantido. No entanto, a ideia sofre forte resistência dos principais clubes europeus.
A segunda alternativa está sendo trabalhada de maneira muito forte pelos dirigentes sul-americanos e está ganhando corpo. Ficaria tudo em aberto em relação aos participantes, mas se o Grêmio e/ou o Inter chegarem à final da Libertadores deste ano, teriam vaga no Mundial.
A Fifa pretende bater o martelo no congresso marcado para os dias 14 e 15 de março, em Miami. Como o Mundial deste ano sequer aparece no calendário oficial da entidade, não dá mais para esperar.
A única coisa certa é que o Mundial de Clubes e Copa das Confederações, nos formatos atuais, acabaram. Vem aí uma grande mudança no futebol. Em breve, saberemos como ficará a principal competição de clubes do planeta.