Grêmio e Inter votaram da mesma forma em praticamente todas as questões apresentadas pela CBF durante o congresso técnico do Brasileirão 2019. Os dois representantes gaúchos foram favoráveis ao VAR, aprovaram a limitação de inscrições em 40 nomes, mais cinco trocas, com liberdade em uso de categorias de base, e contrários à limitação de trocas de treinadores.
O tema mais polêmico, é claro, foi o último. Proibir os clubes de mudar o técnico mais de uma vez, como propôs a CBF, não encontrou apoio nos clubes. Houve rejeição maciça do projeto. O Flamengo liderou o movimento para tirar de pauta.
Ainda que tenha apoiado o movimento do Flamengo, a dupla Gre-Nal chegou a pensar em propostas alternativas para evitar as constantes demissões de técnicos do futebol brasileiro. Romildo Bolzan, presidente do Grêmio, sugeriu criar um sistema gradual, que primeiro deixasse o limite em um número maior e diminuísse a cada ano, por exemplo.
— Minha proposta era fazer um aspecto progressivo. O futebol brasileiro ainda não está preparado para isso. Votei para excluir a cláusula do limite. Fica valendo como é hoje. Precisa haver uma transição, preparar culturalmente o ambiente, adaptar. Precisamos deixar o ambiente mais sólido — disse.
Roberto Melo, vice de futebol do Inter, também teve uma ideia alternativa à simples limitação. Para ele, seria importante montar um estudo sobre a limitação, que determinasse os critérios para estabelecer um número de trocas e as condições para mudar técnicos.
— O Flamengo propôs retirar a ideia de pauta. Me abstive dessa votação.