A notícia de que a Conmebol está negociando a inclusão de times do México e EUA na Libertadores agitou os bastidores do futebol sul-americano. Do ponto de vista financeiro, parece ser um grande negócio, movimentando um mercado extremamente atrativo.
Só que existe um problema. E que não parece ter solução fácil. As distâncias. Você já parou para imaginar o Grêmio ou o Inter jogando em Seattle, quase na fronteira com o Canadá? Ou no próprio Canadá, já que as equipes de lá disputam a MLS. Uma semana com jogo de Campeonato Brasileiro e com viagem longa na Libertadores seria algo muito desgastante.
Pela projeção inicial, seriam cinco representantes da Concacaf (três do México e dois de EUA/Canadá). Como a dupla Gre-Nal tem presença constante na competição, haveria a possibilidade de cair em um grupo com representante da América do Norte.
Mas é claro que a discussão vai além de Grêmio e Inter, e inclui os demais times do Brasileirão, que reclamam tanto do calendário apertado. Seria interessante ter que enfrentar viagens ainda mais longas?
Na minha opinião, só é válido acrescentar as equipes da Concacaf caso ocorra uma correção no calendário, diminuindo as datas, especialmente dos campeonatos estaduais.
Pelo menos esta decisão da Conmebol deve ficar apenas para 2020, dando um tempo maior para eventuais ajustes.