A superioridade do Grêmio em relação ao Inter está escancarada dentro de campo, com a sequência de títulos e qualidade das atuações do time de Renato.
O que nem sempre o torcedor percebe é o tamanho da diferença na administração dos clubes, o que se reflete nos balanços publicados. O desta semana deixou isto muito claro.
Fica evidente que a diferença entre os dois clubes é muito grande neste momento. O reflexo do rebaixamento colorado ainda não terminou.
Para entender um pouco melhor os balanços publicados nos últimos dias, consultei as análises sempre precisas de Amir Sommogi, sócio-diretor da Sports Value, que acompanha detalhadamente desde 2003 as finanças dos clubes brasileiros. Alguns detalhes me chamaram a atenção:
RECEITA TOTAL
- O Grêmio vem em uma linha de crescimento. Em 2015, a receita foi de R$ 190 milhões, em 2016 de R$ 325 milhões, e em 2017 chegou a R$ 341 milhões. Já a situação do Inter é inversa. Em 2015 teve receita total de R$ 297 milhões, caiu para R$ 292 milhões em 2016, e despencou para R$ 245 milhões em 2017.
TRANSFERÊNCIA DE ATLETAS
O Inter tinha o histórico recente de fazer boas vendas e assim sustentar o seu futebol. A situação mudou. Em 2017, o Grêmio faturou R$ 77 milhões em vendas, e o Inter ficou bem atrás, com um total de R$ 26 milhões em transferências. Na comparação com os últimos anos o Grêmio deu um salto. Foram R$ 16 milhões em 2015 , R$ 18 milhões em 2016 até chegar aos R$ 77 milhões de 2017. O Inter teve R$ 94 milhões em 2015, R$ 20 milhões em 2016 e parou nos R$ 26 milhões em 2017.
PATROCÍNIO E PUBLICIDADE
Aqui o Grêmio também está em vantagem. Receita de R$ 53 milhões no ano passado. O Inter ficou em R$ 35 milhões.
QUADRO SOCIAL
O Inter badalou muito a questão dos 100 mil sócios, mas em 2017 o Grêmio teve receita superior com o quadro social: faturamento de R$ 66 milhões, contra R$ 56 milhões do Inter.