Na arquibancada do Hazza bin Zayed e nos saguões dos hotéis pelos quais o Grêmio passou nos Emirados Árabes a cena foi a mesma. Jael aparece e a festa começa.
Ele é um dos mais aplaudidos. Parece que o torcedor se encantou com a história do centroavante com enormes dificuldades técnicas, mas que tem uma capacidade comovente de entrega e de briga pela posse de bola. O centroavante foi indicação de Renato, mas chegou sob desconfiança.
E ainda passou pelo drama de uma lesão grave no joelho no início do ano. Estava com a temporada praticamente perdida. Mas conseguiu voltar a tempo de ser inscrito na parte final da Libertadores. E aí chegou o seu momento. Entrou no segundo tempo na Arena e deu o passe para Cícero marcar o gol que deu a vantagem na final contra o Lanús. Na semifinal do Mundial com o Pachuca, entrou de novo.
E como em um passe de mágica o time se energizou com a sua disposição e o panorama do jogo se alterou. Ele não é nenhuma maravilha, mas para os padrões do futebol tem um salário (R$ 50 mil mensais) que está se transformando uma boa relação custo-benefício. Com as dificuldades que Barrios enfrenta, Jael ganha espaço e termina o ano em alta.