A notícia é oficial, Arroyo não quer mais jogar no Grêmio. Comunicou os dirigentes que não está se sentindo bem no clube e que deseja ser negociado. O que ele disse é que ficou muito chateado com mensagens ofensivas feitas por torcedores em redes sociais, e que não tem clima para continuar.
Exatamente o que ocorreu com Bolaños, que também pediu para ir embora, e atualmente está no Tijuana, do México. Arroyo tem todo o direito de não querer ficar em Porto Alegre. Ninguém é obrigado a seguir onde não quer. Mas já que ele está tão insatisfeito e não quer cumprir o contrato que assinou, não seria o caso de pedir demissão quebrando o vínculo contratual? Como qualquer trabalhador que quer sair do seu trabalho. Quer ir embora? Vai, mas pede demissão.
Claro que isso não vai ocorrer, porque no mundo do futebol as coisas são diferentes. É muito cômodo se proteger em um contrato longo e alegar não ter clima para continuar em um clube. Aí é só pedir para ser emprestado. Se o novo clube não puder pagar a totalidade do seu milionário salário, não tem problema. O detentor dos direitos, no caso o Grêmio, completa os seus vencimentos. E é o que provavelmente vai ocorrer. Mesmo com mercado, será difícil achar destino para o equatoriano com o mesmo salário da Arena.
Em tempo, xingamento em rede social é algo deplorável. Mas nos tempos atuais, se isso for motivo para ir embora, não sobra mais ninguém em lugar nenhum. Arroyo pode e deve seguir a sua vida, mas não é legal prejudicar quem fez um investimento enorme no seu futebol. Futebol, aliás que ele não apresentou Definitivamente tem coisas que só acontecem no mundo da bola.