Foi a torcida do Grêmio que começou a bradar o Hino Rio-grandense a plenos pulmões, tentando abafar os acordes do hino brasileiro. Foi nos anos 1990, quando o time de Felipão travestiu-se de herói farroupilha para combater “o centralismo rapinante” do Império – embora seu real modelo (sem que ele talvez soubesse) fossem os cavalos que os revoltosos de Vargas amarram no obelisco carioca. Ninguém ficava sentado naquela hora – acho que por livre e espontânea vontade, mas caso não se levantasse, creio que seria erguido pelo cangote.
Hino Rio-grandense
Povo que não conhece sua história também pode acabar por ser escravo
É preciso combater o racismo, falar mais sobre a Revolução Farroupilha, estudar etimologia e desvendar de vez a questão dos Lanceiros Negros. Censura não parece ser o caminho para nada disso
Eduardo Bueno