As feministas usam Facebook. Os políticos do Partido Democrata dos EUA usam Facebook. Os ingleses moderninhos pró-União Europeia usam Facebook. Jornalistas “da gema” usam Facebook. Esquerdistas em geral, e petistas em particular, usam Facebook. Pessoas que se julgam legais e bacanas usam Facebook. Lugares alternativos e “mudernos” mantêm página no Facebook. Até veganos usam Facebook.
Bom, é problema deles.
Ao usarem Facebook, as feministas apoiam, mantêm viva e sustentam a mídia social que teve sua gênese num sistema de classificação das “minas” da Universidade de Harvard que valiam a pena ir para o pau ou não. Os democratas norte-americanos que se servem do Facebook continuam conectados à rede que – comprovadamente – ajudou a eleger Trump, with a little help dos hackers russos. Os moderninhos ingleses que mantêm conta no “Face” utilizam o meio que levou a Inglaterra ao Brexit. Os jornalistas que trocam mensagens ou postam no Facebook dão força para a pátria apátrida das fake news – que vai acabar exterminando sua própria profissão. Os lugares descolados que se anunciam no Facebook deveriam saber que, na real, estão apoiando muito daquilo que, pelo menos em tese, eles mesmos são contra. Os petistas e esquerdistas que seguem ativos no Facebook, bom, desses nem vou dizer nada – eles sabem, ou deveriam saber, quem o tal “Face” ajudou a eleger por aqui.
Eu, que sempre fui um passadista, um antiquado, um bolorento, um caduco, um ultrapassado, um retrógrado, não tenho, não uso, não olho, não abro e jamais terei, usarei, olharei ou abrirei o tal Facebook. Mas não é por ser um sujeito low tech – como dizem minhas filhas – que não tenho Facebook. Não tenho porque não é preciso ser um gênio para saber o quanto o Facebook é insidioso, ímprobo, infausto e ambíguo. Pelo menos na minha sempre equilibrada opinião e na de parte do Senado dos EUA.
Mas preciso confessar: não sei se desprezo mais o Facebook ou quem (ainda) tem Facebook. Ok, sei que isso implica desprezar quase todo mundo que me cerca. Mas quando você é um sujeito radical, então tem que pagar o preço. Mas realmente não sei como, face aos fatos, as pessoas não têm vergonha de usar esse “Face” aí. Será que ainda não está na cara a cara de pau deles, que tomam teus dados na caradura?
Alguém já criou um fake seu no tal Face? Pois é a coisa mais fácil do mundo criar um fake no Fake, ops, no Facebook. Agora, experimente tentar eliminar o fake do Face. Eu tentei limar um idiota gremista (deve ser o único, mas existe...) que escreve em meu nome para outros idiotas (esses devem ser doutro time). Não consegui. Estava quase, mas aí esqueci de fazer exame de fezes, não soube informar o número da tumba de minha bisavó e o Jurídico do Face descobriu que já tive pé chato. Então, duvidaram que eu fosse eu. E mantiveram o fake no ar.
Mas quer saber? Se merecem, meu fake e esse tal feicebuque. E quem os lê, também.