De todas as cidades que amo, e nas quais jamais estive, refulge uma em especial: é Alexandria, a capital informal do Mediterrâneo, a cidade multiforme, meio egípcia, meio grega, quase esfinge; ancestral e moderna numa só esquina – e isso desde que foi fundada, 331 anos antes da era cristã. Minha paixão, no entanto, não se deve apenas à mais extraordinária biblioteca que o mundo já conheceu – e que ardeu nas chamas da incúria e da estupidez. Não surgiu só por causa do farol – que também foi um farol do saber e acabou dando nome a todos os faróis que vieram depois.
“Quero que me respeitam”
Ando pensando em transferir minha embaixada para Alexandria
Talvez comece com um escritório comercial, para não fazer desabar sobre mim um muro de lamentações
Eduardo Bueno