Bruno Arleu de Araújo teve atuação exemplar no Gre-Nal 443. Em um jogo que sempre carrega tensão e pressão de sobra, Arleu foi criticado e sua escalação foi questionada por dirigentes de Inter e Grêmio.
Havia um clima de desconfiança no ar, como se ele fosse o protagonista antes mesmo de a bola rolar. Mas, em campo, o que se viu foi uma arbitragem impecável, que deixou o jogo fluir e se destacou pelo total controle disciplinar.
O mais impressionante foi que o VAR, comandado por Marco Aurélio Fazekas Ferreira, não precisou sequer ser acionado. Para quem acompanha o futebol brasileiro, onde as intervenções do VAR são frequentes e bastante polêmicas, isso já é um feito de muita relevância.
Bruno Arleu foi o pesadelo dos dirigentes no Gre-Nal 443. Colocou o jogo no bolso e controlou a partida com autoridade, sem cometer erros graves. Antes do jogo, sua presença gerava preocupação e especulações sobre uma possível interferência no resultado. Depois da partida, a atuação excelente aniquilou os argumentos de quem sempre busca responsabilizar a arbitragem por resultados adversos.
A escolha de Arleu e Fazekas Ferreira parecia arriscada, dado o histórico recente de polêmicas envolvendo os dois clubes. Em situações como essa, o ideal seria optar por árbitros que trouxessem mais tranquilidade. Admito que cheguei a pensar que a CBF estava correndo um risco desnecessário. E correu ao escalar nomes que poderiam aumentar ainda mais a pressão. Mas, felizmente, a arbitragem deu a melhor resposta possível.
Bruno Arleu de Araújo merece aplausos pela condução do Gre-Nal. Estou aplaudindo porque ele entregou um clássico limpo, bem jogado e decidido na bola. E mais importante, provou que é possível sair de campo como protagonista, não pelas críticas, mas pela excelência do trabalho realizado.