A arbitragem teve uma péssima atuação na vitória do Inter contra o Delfín. Não falo isso somente por conta de erros graves, mas também por conta de uma falha imperdoável de um juiz em tempos de VAR. O chileno Felipe González foi engolido pelo jogo. Não teve comando em uma partida que tinha tudo para ser tranquila, mas acabou sendo uma confusão.
Falta de convicção nas tomadas de decisão, critério confuso, nenhuma autoridade em campo e as sinalizações que deixavam todo mundo sem entender o que estava acontecendo. Um desempenho muito abaixo do padrão de uma competição internacional. Isso que nem falei de erros graves e nem era necessário porque o juiz atrapalhou o jogo.
Talvez o principal equívoco tenha sido a não expulsão de Miño. O jogador do Delfín tinha acabado de levar um amarelo quando deu uma pegada com as travas da chuteira na perna de Alário. Era lance claro para segundo amarelo, mas o juiz não aplicou. Vale ressaltar que essa situação não pode ter interferência do VAR por não se tratar de uma expulsão direta. Por isso, o árbitro de vídeo José Cabero nada pode fazer.
O jogo também teve um lance que exemplifica uma falha ou até "burrice" do protocolo do VAR. Houve um pênalti não marcado em Bruno Henrique. O lance não foi marcado no campo. Durante a checagem do VAR, o responsável pelo recurso eletrônico entende que precisa recomendar a revisão para o juiz principal. Só que também percebe que o volante colorado estava impedido quando recebeu o passe.
Não seria mais fácil evitar a chamada para evitar a perda de tempo desnecessário? Sim, seria. Só que o protocolo só permite que o VAR determine o impedimento caso o juiz considere que o pênalti aconteceu. Então, ele precisa ir ao monitor para confirmar o pênalti e depois anular a jogada pelo impedimento anterior à essa infração. Fica até confuso de entender e de explicar, mas é o que temos para o momento.