A vitória por 3 a 2 do Grêmio sobre o Caxias, na noite de terça-feira (26), na Arena, foi marcada por uma polêmica de arbitragem. Aos 26 minutos do segundo tempo, Gustavo Nunes recebeu pancada de Robinho no tornozelo e, como consequência, precisou ser substituído.
O árbitro Jean Pierre Lima marcou a falta e mostrou cartão amarelo para o jogador do time da Serra. O VAR checou o lance e respeitou a decisão do campo. A falta de interferência de Daniel Bins no lance gerou protesto do técnico Renato Portaluppi depois da partida. Ele queria a mudança da cor do cartão e a aplicação do vermelho direto.
É importante avaliar alguns aspectos nessa jogada para entender a decisão do juiz principal e os motivos que fizeram com que o VAR não recomendasse a revisão. Primeiro é preciso dizer que Jean Pierre Lima teve a possibilidade da interpretação no campo. Ele estava bem posicionado, viu a falta, marcou e considerou que a entrada era passível de amarelo.
Ou seja, não estamos falando de uma jogada que foi ignorada dentro das quatro linhas ou que simplesmente não foi vista pelo árbitro. É por aí que se explica a falta de interferência do VAR. Daniel Bins respeitou a decisão inicial por ser um lance interpretativo em que o árbitro teve total condição de avaliar o que ocorreu na hora. Além disso, o árbitro de vídeo não considerou que a imagem mostrava algo capaz de justificar um erro grave no campo.
Robinho acerta o tornozelo e Gustavo Nunes, mas está com o calcanhar na direção do solo. O ponto de contato e a jogada em câmera lenta são importantes para essa avaliação, mas a decisão final se dá com a imagem em velocidade real. Esses elementos reunidos justificam e respaldam a decisão da arbitragem como correta.
Outro lance que chamou atenção no jogo foi a expulsão de Mayk. Foi um lance acidental. O lateral tenta acertar a bola, mas acaba chutando o rosto do adversário. Vermelho bem aplicado para o jogador gremista.
Considero que a arbitragem tenha feito um bom trabalho para legitimar o resultado que classificou o Grêmio à final do Gauchão.