Um pênalti inventado para a Argentina quase se transformou em um dos maiores constrangimentos da Copa do Mundo do Catar. Quis o destino que o chute de Messi fosse interrompido pela grande defesa do goleiro Szczesny, da Polônia.
Com isso, o equívoco da arbitragem não teve interferência no resultado final de 2 a 0 para os argentinos, que chegam às oitavas com méritos e jogando melhor do que o adversário.
A penalidade não foi assinalada no campo pelo árbitro holandês Danny Makkelie. No duelo, após um cruzamento para a área, Messi cabeceia sem direção pela linha de fundo. O goleiro polonês não consegue alcançar a bola e atinge o rosto do argentino com os dedos.
Não vejo justificativa para interpretar o contato entre os dois jogadores como uma infração. O goleiro Szczesny não impede Messi de jogar. O argentino consegue a finalização.
O choque posterior é consequência da tentativa de disputar a bola. Isso acontece em qualquer disputa na grande área. Além disso, não estamos falando de uma ação que passe minimamente perto de uma agressão.
O lance foi normal e o árbitro de vídeo Pol Van Boekel cometeu uma falha gritante ao interferir na jogada. Diria mais. Desde a mão de Maradona não se via um erro tão grave para a Argentina em Copas.
E olha que não estou nem falando do lance "La Mano de Dios" contra a Inglaterra, em 1986. Estou falando do gol da União Soviética que o camisa 10 argentino evitou fazendo uma defesa com o antebraço dentro da pequena área. Isso foi na Copa de 1990. Faz tempo.
Por sorte, Messi perdeu o pênalti. O futebol agradece. Ficou melhor para todo mundo. Até porque a Argentina demonstrou ampla superioridade contra a Polônia e alcançou na bola.