A regra que mais muda no futebol causou mais uma polêmica na noite da última quarta-feira (17) no Brasileirão. Estou falando do pênalti marcado na derrota por 1 a 0 do Inter contra o Cuiabá em um lance em que a bola bateu no braço do volante Johnny.
Entendo que a infração foi mal marcada pelo árbitro Paulo Roberto Alves Júnior, e o árbitro de vídeo Elmo Cunha deveria ter interferido na decisão.
É claro que estou falando de um lance interpretativo, mas essa avaliação parte de premissas que estão colocadas na regra 12, que sofreu alterações mais uma vez para esta temporada.
Considero que o lance de Johnny teve uma ação de bloqueio no momento em que o jogador do Inter se projeta na bola para fazer a interpretação. No entanto, o volante colorado não abre o braço de uma forma antinatural. Pelo contrário, ele chega a fechar e recolher para evitar ou minimizar o risco. Só que a bola bate ali e o juiz apita a penalidade.
O novo texto da regra de mão na bola, e bola na mão, diz o seguinte:
"Tocar a bola com sua mão/braço, quando sua mão/braço ampliar seu corpo de forma antinatural. Considera-se que um jogador amplia seu corpo de forma antinatural, quando a posição de sua mão/braço não é consequência do movimento ou quando a posição da mão/braço não pode ser justificada pelo movimento do corpo do jogador para aquela situação específica. Ao colocar a sua mão/braço em tal posição, o jogador assume o risco de sua mão/seu braço ser tocada pela bola e, portanto, deve ser punido;"
Ou seja, a regra fala em "ampliar o corpo de forma antinatural". Johnny tentou reduzir. O mínimo espaço aberto foi fruto de um movimento natural de uma ação defensiva. Penso que a mudança recente na regra visa justamente diferenciar esse tipo de situação para punir quando há um braço aberto e considerar normal o contrário. Esse é o motivo que me faz discordar da decisão da arbitragem.