Existe uma frase famosa que diz que "uma imagem vale mais que mil palavras". Por isso, fiz questão de fazer uma galeria com algumas fotos que falam muito sobre o que a manchete desta coluna com foco em arbitragem pretende dizer sobre o descontrole emocional do Grêmio. Só que, contrariando espírito da frase, eu vou trazer algumas palavras para complementar as imagens. Prometo que não serão mil por foto. Tentarei ser mais objetivo do que isso.
O primeiro fato que quero relatar aqui é expulsão de Maicon, que foi o episódio mais gritante na derrota por 1 a 0 do Grêmio para o Corinthians pelo Brasileirão. O time gaúcho havia acabado de levar um gol aos 33 minutos do segundo tempo. Com muita má vontade da arbitragem, haveria mais 15 minutos de jogo pela frente para tentar buscar pelo menos um empate. Só que a reação de Maicon após o gol causou um impacto terrível para a equipe gremista do jogo. Foi um absurdo o que aconteceu.
Além da péssima mensagem de falta de equilíbrio que passa uma reação agressiva de um dos jogadores mais experientes e capitão do elenco, há o agravante de que o Grêmio ficou com um homem a menos. Cabe dizer que, mesmo que o árbitro tivesse cometido um erro grave, a atitude não teria justificativa. E não foi o caso.
O árbitro Ricardo Marques Ribeiro pode ter o defeito que quisermos apontar, mas a falta cometida por Thiago Santos em Jô foi clara. Ou seja, a origem do gol não tem qualquer falha do juiz. Isso torna ainda mais injustificável, se é que é possível, o que Maicon fez ao partir para cima do juiz gritando e gesticulando de forma agressiva. Além de todas as ofensas, o volante ainda atingiu o árbitro ao apontar o dedo.
O segundo fato que quero colocar aqui está bem ilustrado pelas imagens. Falo da cena de Diego Souza não querendo devolver o cartão amarelo após um momento de discordância com uma decisão do árbitro. O centroavante escapou de ser expulso. Ao contrário de Cássio, que recebeu amarelo corretamente por cometer uma falta em Diego Souza e impedir ataque promissor. Foi esse o motivo do cartão.
Cássio só deveria levar o vermelho caso tivesse impedindo uma chance clara de gol. Para isso, devemos levar em conta distância da meta, número de adversários, controle ou possibilidade de controlar a bola e a direção da jogada. São os quatro pilares que a regra estabelece como fundamentais para determinar uma infração para expulsão. Só faltou Diego Souza levar o cartão para casa.
Por fim, o terceiro fato é a reclamação de um pênalti que não aconteceu. Se o discurso das coletivas foi com o objetivo externo, até é possível tentar entender uma estratégia. Se isso é o que se pensa internamente, a coisa é bem mais preocupante. Rafinha não sofreu pênalti. Quem procurou o contato com o adversário foi ele. O lateral estava correndo para a frente e, ao perceber a presença do marcador, parou e deu uma ré para ser atingido. Isso não representa uma infração. Ao reclamar disso, o Grêmio parecia tão atordoado que não sabia nem escolher os motivos certos para protestar depois de mais uma derrota no Brasileirão.
E vamos concordar que a melhor solução para parar de perder é entender os motivos da derrota. E certamente a razão do resultado ruim contra o Corinthians não foi a arbitragem.