Everton Ribeiro definiu bem na entrevista depois da partida. Árbitro não tem que ser amigo de jogador. Tem de ser igual para os dois lados e dar amarelo, se achar necessário, para punir atitudes incorretas.
Foi exatamente isso que o paranaense Paulo Roberto Alves Júnior fez na goleada do Inter, por 4 a 0, sobre o Flamengo. Puniu o comportamento inadequado.
Por outro lado, Gabigol deixou o campo dizendo que a forma como foi expulso explicava o porquê de o futebol brasileiro ser "uma várzea". O atacante está enganado. Foi o contrário. A expulsão foi para coibir o comportamento de quem acha que pode fazer o que quer.
Primeiro, Gabigol deu um bico na bola para longe. Podemos até questionar se o árbitro foi rigoroso ou não, mas o fato é que ele aplicou um amarelo por uma conduta disciplinar inadequada.
Depois, quando o juiz virou as costas, Gabigol ironizou a decisão. Levantou os dois braços acima da cabeça e aplaudiu para debochar da arbitragem.
Os assistentes viram o gesto e informaram ao árbitro principal. A infantilidade de Gabigol teve um preço.
Recebeu o segundo cartão por achar que pode fazer o que quer. Por isso, o atacante do Flamengo foi bem expulso. Quem acabou de receber um cartão não pode ter uma atitude como essa e correr o risco de levar uma segunda advertência de graça.
Duvido que Gabigol fosse repetir um gesto irônico como esse na Europa. Isso explica muita coisa. O nível do futebol jogado lá fora começa pela postura dos jogadores e o respeito à autoridade do árbitro.