Chamou atenção o tempo anormal de demora para checagem e a validação do primeiro gol do Grêmio contra o Vitória na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O VAR levou mais de oito minutos para analisar a jogada por conta de uma dúvida na posição de Ricardinho, autor do gol.
Todo esse tempo perdido teve um motivo. O árbitro de vídeo Márcio Henrique de Gois estava com dificuldade de aferir as linhas por conta do posicionamento dos jogadores envolvidos e as imagens disponíveis na cabine. Prova disso é que o VAR sempre repassa a imagem com as linhas traçadas que provam a decisão final tomada para que ela seja exibida no canal detentor dos direitos televisivos.
Entretanto, de acordo com informação divulgada durante a transmissão do Sportv, isso não aconteceu justamente porque o árbitro de vídeo não conseguiu concluir a checagem por problema na aferição. Cabe lembrar que sempre que o VAR não possui uma imagem conclusiva, a decisão do campo deve prevalecer.
Esse é um lance que lembra em certo aspecto o que ocorreu na partida entre Vasco e Inter no Brasileirão de 2020. Naquela oportunidade, porém, a CBF esclareceu que o problema foi na calibragem das linhas do VAR feita pela empresa Hawk-Eye. Desta vez, a entidade ainda não se pronunciou oficialmente explicando a demora na confirmação do gol.
A curiosidade é que o árbitro das duas partidas era o mesmo, o paulista Flávio Rodrigues de Souza. O juiz do quadro da Fifa, é bom que se diga, não teve nada a ver com os problemas e cumpriu os protocolos corretos nas duas ocasiões.
Independente de qualquer falha de procedimento ou até mesmo problemas na ferramenta, o VAR não pode levar mais de oito minutos para tomar uma decisão. Uma coisa é demorar em busca de uma melhor decisão. Sempre será melhor um acerto com calma do que um erro com pressa. Só que até a calma tem limite. Mais de oito minutos é inadmissível. Não existe boa decisão após tanta demora.