A cada ano que passa as situações de mão na bola e bola na mão se tornam mais polêmicas. Há dois dois motivos para isso. O primeiro é que esse tipo de jogada já causa bastante discussão por ter alto caráter interpretativo. O segundo é que nenhuma regra do futebol sofre tantas mudanças quanto essa.
Então, vale ficar atento porque lances como o do pênalti desmarcado no empate em 1 a 1 entre Inter e Ceará ainda será visto muitas vezes neste Brasileirão e o debate está muito longe de terminar.
Estou falando da penalidade marcada para o time cearense aos 28 minutos da etapa inicial. Diego Pombo Lopez demonstrou muita insegurança. Houve intensa reclamação e o juiz demorou bastante para tomar uma decisão no campo.
Depois de conversar com o assistente e o juiz reserva, ele resolveu apontar a marca da cal. A impressão que deu foi de que Diego Pombo não viu a bola bater no braço de Edenilson dentro da área e isso provocou todo o atraso para a tomada de decisão.
Com isso, fica ainda mais justificada a interferência do VAR, que solicitou a revisão da jogada no monitor à beira do gramado. Diego Pombo foi ao monitor e decidiu votar atrás na marcação. Cabe dizer que a CBF passou uma orientação aos árbitros durante a pré-temporada pedindo que lances em que o braço está atrás e no eixo do corpo não devem ser marcados.
Respeito a decisão do juiz, mas tenho uma visão um pouco diferente. Vejo uma ação de bloqueio de Edenilson com o braço aberto em relação ao eixo do corpo. Entendo que o jogador do Inter assumiu o risco da infração. Por isso, teria marcado o pênalti.
De qualquer modo, cabe observar como será o critério para lances semelhantes na regra que mais muda no futebol. Até para ver se a orientação da CBF se mantém para a não marcação de lances parecidos com esse.
Houve ainda outros dois lances capitais na partida e a arbitragem acertou em ambos. O pênalti marcado para o Inter aconteceu. Diego Pombo Lopez não viu o ponto de contado e marcou falta fora da área. O VAR foi preciso na interferência informando a penalidade para o juiz.
Também ocorreu um gol bem anulado do Ceará. Messias fez falta clara em Cuesta no momento em que saltou para o cabeceio. Ele impediu a ação do adversário. A decisão de anular o gol foi tomada corretamente no campo.