A polêmica do final de semana nem foi esgotada e a divulgação da escala de arbitragem da 38ª rodada do Brasileirão já deu início a uma nova discussão. Mesmo que a CBF tenha escolhido dois árbitros do quadro da Fifa para as últimas partidas de Inter e Flamengo, esse fato parece não ser suficiente para passar a ideia de que dois dos melhores do país estarão em campo.
Isso quer dizer que não há nada que possa parecer simples que não tenha potencial de gerar questionamentos quando assunto é a atual fase do apito nacional.
O que causou a maior polêmica foi a designação do paranaense Rodolpho Toski Marques para a partida da equipe carioca contra o São Paulo, na quinta-feira (25). Tudo por conta de dois episódios envolvendo o juiz da Fifa em jogos do time paulista.
Em outubro de 2020, Rodolpho teve atuação contestada no empate em 3 a 3 entre Fortaleza e São Paulo, pela Copa do Brasil. Como já estava previamente escalado para ser o árbitro de vídeo no jogo do time do Morumbi contra o Grêmio, marcado para 17 de outubro, a CBF acabou trocando a escala após pedido do próprio São Paulo.
Concordo que repetir uma escala no jogo de uma equipe menos de uma semana depois é uma situação que pode gerar problemas prévios. Só que se passaram quatro meses desde então e esse parece um tempo suficiente para que Rodolpho Toski Marques apite novamente uma partida da equipe paulista. Por isso, o apontamento que faço sobre essa escala não tem nada a ver com uma polêmica que está tão distante do momento atual.
Creio que o ponto de atenção crucial na escolha de Rodolpho esteja justamente na característica do juiz. Se ele entrar em campo com a certeza de que tem que deixar o protagonismo para o jogo e focar somente nas coisas importantes, não tenho dúvidas de que pode ter ótima atuação. No entanto, se entrar para apitar com preciosismo e com a postura de chamar para si o foco, ele tem tudo para chamar mais atenção do que deve.
Já o jogo do Inter contra o Corinthians será apitado pelo goiano Wilton Pereira Sampaio. É o árbitro brasileiro, de vídeo, da última Copa do Mundo e essa deveria ser uma credencial suficiente para dar tranquilidade ao confronto. O problema é que nenhum jogo parece ser calmo neste Brasileirão. Todos os árbitros, de todos os níveis, apresentam oscilação. Por isso, toda concentração será pouca para que a arbitragem possa conduzir tudo da melhor forma possível.
Outro fato que chamou atenção na escala de arbitragem na última rodada foi a presença de Raphael Claus, árbitro de Flamengo e Inter. O juiz paulista comanda Ceará x Botafogo. Embora o jogo não tenha peso algum em termos de tabela de classificação, a designação passa uma mensagem clara de que ele tem a confiança e o respaldo da comissão de arbitragem da CBF.