A arbitragem cometeu um erro importante na derrota do Inter para o Flamengo, por 2 a 1, neste domingo (21), no Maracanã, pela 37ª rodada do Brasileirão. A expulsão de Rodinei por conta da entrada em Filipe Luís foi exagerada. A melhor decisão da arbitragem seria mostrar o cartão amarelo para o lateral colorado.
A forma como Rodinei atingiu o adversário não teve características para justificar um vermelho direto. O lateral do Inter chegou atrasado, é verdade, mas estava com o calcanhar apoiado no gramado. Acrescento que não houve um golpe horizontal acima da linha do tornozelo. O ponto de contato foi baixo, pois o pisão é na direção do chão. Além disso, não há uma intensidade brusca na disputa.
Por conta de tudo isso, Claus errou ao não mostrar o amarelo no campo. Essa deveria ter sido a decisão tomada na hora da marcação da infração. Só que tudo se tornou um equívoco ainda mais grave quando o árbitro de vídeo Rodrigo Guarizo do Amaral interferiu e recomendou a revisão no monitor à beira do gramado.
A partir dessa interpretação errada, a arbitragem foi se perdendo pouco a pouco na condução da partida. O critério na aplicação dos cartões ficou confuso. Situações que mereciam amarelo não tiveram e outras que não mereciam acabaram rendendo.
Outra situação que evidenciou a confusão nos critérios foi a anulação do gol de Pedro no final da partida. O atacante do Flamengo disputa a jogada com Lucas Ribeiro e leva a melhor na dividida por baixo. Depois disso, por cima, Pedro toca o corpo do zagueiro colorado com os braços, mas entendo esse contato como consequência da disputa.
Não anularia o lance porque não vejo carga de Pedro de forma direta no adversário para impedir ou atrapalhar a ação defensiva. Talvez o contexto do jogo tenha feito o VAR ser mais rigoroso e baixar um pouco a régua de interferência.
Disse antes do jogo que Raphael Claus é o melhor árbitro do Brasil e ressaltei que a equipe de arbitragem estava bem escalada do campo ao vídeo. Também falei que muitas vezes os erros e acertos são separados por questões de interpretação ou de subjetividade.
O que não esperava é que o nível de controle e a capacidade de comando pudessem apresentar tanta queda na comparação do primeiro com o segundo tempo. Isso não deixa dúvidas de que não foi uma boa atuação da arbitragem.