O empate em 2 a 2 entre Inter e Bahia teve um erro de arbitragem. O catarinense Bráulio da Silva Machado marcou um pênalti para a equipe colorada por entender que houve carga faltosa de Gregore em Víctor Cuesta, aos 18 minutos do segundo tempo da partida válida pela oitava rodada do Brasileirão.
Discordo da interpretação do juiz da Fifa. A imagem não mostra algum contato com intensidade capaz de justificar a infração.
Apesar do equívoco ser parte de uma decisão de trabalho em equipe da arbitragem, esse é o típico lance em que não se pode culpar o VAR. O recurso eletrônico fez a parte dele. Depois da marcação da penalidade dentro do campo, o árbitro de vídeo Márcio Henrique de Gois sugeriu que o lance fosse revisado no monitor à beira do gramado.
Essa interferência só pode ter ocorrido por dois motivos. Ou o juiz não viu exatamente o que aconteceu, ou o responsável pelo recurso eletrônico considera que a decisão do campo possa representar um erro grave.
Por um motivo ou por outro, Bráulio Machado foi para o monitor revisar a jogada, mas manteve a decisão do campo. Ele matou no peito. Chamou para si a decisão e marcou o pênalti para o Inter.
A outra penalidade do jogo foi para o Bahia, aos 50 minutos da etapa complementar, e em decorrência de uma infração ocorrida fora do campo de visão do juiz principal. Bráulio Machado estava focado onde estava a bola, e Rodinei cometeu pênalti em Elber fora da disputa. Lance infantil do lateral do Inter, que mirou só o corpo do adversário.
Se fosse um jogo sem VAR, o juiz teria marcado o pênalti para o Inter e ignorado o do Bahia. Graças à interferência do árbitro de vídeo, um dos erros da arbitragem foi evitado. Nem sempre a culpa é dele. Ninguém pode reclamar do VAR desta vez.