A derrota por 2 a 1 do Grêmio contra o Sport trouxe um exemplo de uso cirúrgico do VAR. Não fosse pela presença do recurso eletrônico, um erro gravíssimo teria sido cometido pela arbitragem. Só que as coisas tiveram uma correção de rumo graças ao auxílio da tão criticada tecnologia.
Digo mais: quem assistiu ao jogo válido pela sétima rodada do Brasileirão na Arena do Grêmio não pode ser contra o VAR.
Logo aos quatro minutos de partida, o time pernambucano marcou um golaço nos pés de Patric. Talvez pela falta de concentração do começo da partida, a assistente Katiuscia Berger Mendonça sinalizou impedimento inexistente.
Havia dois jogadores do Grêmio dando condição. Geromel e Kannemann estavam à frente do jogador do Sport. A clareza do lance facilitou as coisas para o árbitro de vídeo Wagner Reway. Foram necessários poucos segundos para que o juiz principal Dyorgines Padovani de Andrade pudesse corrigir o erro e sinalizar o gol.
Esse é o exemplo do mundo ideal que queremos do VAR. No entanto, vale ressaltar que nem todo erro será tão claro assim em situações de impedimento. Isso demandará muitas vezes uma demora maior e um resultado quase milimétrico na marcação. O árbitro de vídeo também serve para avaliar os lances mais ajustados e promete precisão.
Nesse caso, a evolução que podemos cobrar do VAR no momento é uma só: agilidade. O recurso pode aprimorar a técnica de aplicação para ser mais rápido. O que não podemos reclamar do VAR é com relação ao cumprimento da regra.
Enquanto um centímetro representar impedimento, precisaremos aceitar gols validados ou anulados por um nariz à frente. É do jogo.