A expulsão de Marcelo Lomba foi o fato do Gre-Nal 422. O goleiro do Inter perdeu a cabeça e deu um carrinho violento no atacante Luciano em lance que já havia sido parado pela arbitragem. O impedimento tinha acabado de ser marcado pelo bandeira Marcelo Van Gasse. É verdade que a infração demorou para ser sinalizada, mas esse é o protocolo a ser seguido em lances ajustados desde a chegada do VAR no Brasileirão. Havia um ataque perigoso do Grêmio e o bandeira fez o certo ao esperar a sequência da jogada.
O grande problema é que Lomba fez a única coisa que não poderia ser anulada por uma infração anterior: deu um golpe desproporcional no adversário. Uma atitude inexplicável. Uma situação com essa gravidade disciplinar não pode ser ignorada mesmo com o jogo parado.
Vale lembrar que a arbitragem pode tomar medidas disciplinares antes mesmo de o jogo começar. Se um jogador agredir um adversário na saída de campo para o intervalo, por exemplo, o cartão vermelho deverá ser aplicado. O caso de Lomba precisa ser analisado assim. Com jogo parado ou não, era para expulsão. O impedimento seria capaz de invalidar uma decisão técnica ou um choque de impacto irrelevante. Não foi o caso. O árbitro foi muito bem ao mostrar o vermelho.
A partir de 2020, Flávio Rodrigues de Souza carregará o escudo da Fifa no peito. A insígnia será colocada em frente ao bolso da camiseta do juiz. Lá dentro, ele terá guardado o Gre-Nal 422. Flávio de Souza colocou esse clássico no bolso. Foi um teste de fogo e ele deu resposta irreparável. Controlou o jogo com muita autoridade do começo ao fim. A carreira de Flávio Rodrigues de Souza não será a mesma depois deste Gre-Nal. Se alguém tinha dúvidas, ele mostrou que merece ser considerado um árbitro de outra turma neste domingo na Arena do Grêmio.