Os dois gols sofridos pelo Inter contra o Athletico-PR têm origem em fatos que anulam qualquer possibilidade de reclamação contra a atuação da arbitragem. Por isso, digo que o título da Copa do Brasil conquistado pela equipe comandada por Tiago Nunes foi decidido no campo e teve vitória legitimada pelo goiano Wilton Pereira Sampaio. O juiz da Fifa foi seguro e quando poderia deixar margem para algum protesto, o andamento do jogo acabou com a discussão.
É fato que o Athletico-PR entrou em campo no primeiro tempo com o objetivo de esfriar a partida. A todo momento os jogadores se atiravam no gramado forçando a necessidade de atendimento médico. Na origem do primeiro gol da equipe paranaense, a queda de Wellington Martins no gramado após disputa de bola com Edenilson foi uma clara tentativa de "amorcegar" o jogo. A maior ironia foi que o Inter pareceu ter acusado a cera do Athletico no lance.
No momento em que Wellington cai no gramado, Edenilson reclama. A bola vai para o goleiro Santos e os atletas colorados pensaram que o jogo seria parado. A reposição é feita para Rony, que ganha a jogada pelo lado esquerdo. Os paranaenses desconsideraram a queda do volante do próprio time. Experiente, o árbitro do quadro da Fifa percebeu que Wellington estava forçando a barra e também ignorou o fato. O Inter, que deveria seguir normalmente, pareceu ter perdido a concentração e foi surpreendido com o contra-ataque.
Na etapa complementar, o árbitro Wilton Pereira Sampaio deu cinco minutos de acréscimos. O Inter chegou a reclamar que era pouco tempo. Só que depois disso houve nova queda de jogador do Athletico-PR e o juiz agregou mais dois minutos. Se ainda assim alguém poderia pensar em insistir no protesto, um fato acabou com essa possibilidade. O adversário colorado fez um gol nos acréscimos.
Só restou aceitar o resultado. O Inter não tem do que reclamar da arbitragem da final da Copa do Brasil.