A vitória por 2 a 1 do Inter com o Flamengo teve um bom exemplo de como o VAR pode ser útil neste Brasileirão. A equipe colorada vencia a partida por 1 a 0 quando houve um gol do time carioca. A decisão tomada inicialmente pelo árbitro paulista Flávio Rodrigues de Souza foi de validar a jogada. Ele e o bandeira Émerson de Carvalho entenderam que não houve irregularidade alguma. Foi aí que apareceu o árbitro de vídeo. Ele precisou de 50 segundos para interferir de forma correta e mudar a marcação do campo.
O gol do Flamengo foi bem anulado porque a bola bateu no cotovelo de Rhodolfo na origem do lance. De acordo com a alteração no texto da regra 12, sempre que a bola tocar no braço ou na mão de um jogador de uma equipe que está atacando, mesmo que seja de forma involuntária, a jogada deve ser considerada irregular. Não há discussão ou margem para interpretação.
Por isso, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza não precisou sair do campo para olhar o monitor à beira do gramado. A informação passada pelo árbitro de vídeo José Cláudio Rocha Filho é considerada uma decisão factual, conforme o protocolo.
Importante ressaltar que o gol não seria anulado sem o recurso eletrônico. Era quase impossível perceber o toque no braço de Rhodolfo dentro de campo. É para isso que serve o VAR. Para salvar a arbitragem de cometer um erro grave que pode mudar a história do jogo. Foi justamente o que ocorreu nesta quarta-feira (1) no Estádio Beira-Rio no duelo válido pela segunda rodada do Brasileirão.
Depois, no segundo tempo, o Flamengo ainda teria um segundo gol bem anulado. Gabigol estava claramente impedido. O bandeira aguardou a conclusão da jogada para sinalizar a infração. Tanto no VAR quanto no campo a arbitragem teve bom trabalho em Porto Alegre.