Houve polêmicas de arbitragem na vitória por 2 a 0 do Inter contra o Alianza Lima, nesta quarta-feira (24), no Peru, pela quinta rodada da Libertadores. O juiz Raúl Orosco teve duas decisões que geraram reclamação. O primeiro protesto foi do time peruano, que pediu um pênalti não marcado. O segundo foi da equipe brasileira, que queria a expulsão do goleiro Gallese.
As duas jogadas ocorreram em sequência. Aos 35 minutos da etapa inicial, Fuentes recebeu cruzamento e desviou de cabeça na direção do gol. Iago saltou para disputar e acabou interceptando a bola com o braço esquerdo aberto. A penalidade deveria ter sido marcada pelo árbitro boliviano, que mandou o jogo seguir.
Na continuação da jogada, em contra-ataque do Inter, o goleiro Gallese saiu da área e usou o braço na bola para evitar o drible de Paolo Guerrero. O árbitro marcou a falta e poderia ter dado o vermelho direto e até registrei isso durante a transmissão da Rádio Gaúcha. Entretanto, aplicou somente o amarelo. Importante ressaltar que a jogada é interpretativa. A cor do cartão dependerá do tipo de infração cometida pelo goleiro fora da área.
Se o juiz entender que o goleiro impediu uma chance clara e imediata de marcar um gol, deve aplicar o vermelho. Por outro lado, se avaliar que um ataque promissor foi impedido, o cartão amarelo é a melhor decisão.
Há quatro aspectos que precisam ser considerados para diferenciar as duas situações, de acordo com a regra. A distância entre o local da infração e a meta, a direção em que a jogada se desenvolvia, a possibilidade de manter ou de controlar a bola e a posição e o número de defensores. Todas essas circunstâncias precisam ser consideradas em uma fração de segundo.