A bola rolou por 47 minutos e a primeira tensão do Gre-Nal 417 só aconteceu quando as duas equipes estavam deixando o gramado do Beira-Rio para o intervalo. Uma discussão iniciada entre Ramiro e Cuesta gerou confusão no túnel de acesso aos vestiários. Na volta para o segundo tempo, os dois jogadores levaram amarelo e a bola voltou a rolar por mais 50 minutos com normalidade e sem grandes problemas. A partir do apito final, a briga ficou feia. As imagens de parte do tumulto estão publicadas em GaúchaZH.
Tudo o que aconteceu depois do clássico só demonstra que o Gre-Nal 417 era um jogo bomba prestes a explodir a qualquer momento. E apitar uma partida como essa é tarefa ingrata. O carioca Péricles Bassols Cortez não só apitou como controlou todas as ações do primeiro ao último minuto. Mostrou cartões quando precisou e foi respeitado pelos jogadores das duas equipes. Mandou em campo. Além disso, teve atuação precisa no aspecto técnico.
Por isso, estou dizendo que ninguém foi melhor do que o árbitro no Gre-Nal 417. Além de não ter tido qualquer interferência na vitória por 1 a 0 do Inter sobre o Grêmio, ele não permitiu que a tensão e até a violência registradas nas cenas lamentáveis depois do jogo se transferissem para dentro do campo enquanto a bola esteve rolando. Isso só reflete uma boa conduta no trabalho de toda equipe de arbitragem.