A arrancada de Neymar na Copa da Rússia não foi boa. Fiz críticas ao jogador brasileiro depois dos jogos contra a Suíça e contra a Costa Rica. Cheguei a escrever e dizer que o Neymar que eu queria era o que fazia gols, não o que fazia teatro. Além de tentar simular faltas, o camisa 10 estava muito preocupado com arbitragem e reclamava de tudo. Isso começou a mudar na partida diante da Sérvia. Foi neste jogo que ele finalmente deixou o juiz de lado.
Nesta segunda-feira (2), contra o México, o melhor jogador brasileiro mais uma vez entrou em campo preocupado somente em jogar futebol. A postura de Neymar foi exemplar.
Ele sofreu seis das 18 faltas cometidas pelos mexicanos. Mesmo sendo o mais caçado em campo, não disse uma palavra sequer para protestar depois das infrações. Deixou o árbitro apitar. Nem mesmo quando recebeu um pisão de Layún, ele caiu na clara tentativa de provocação.
Neymar pode até ter exagerado na reação depois de ter sido atingido pelo jogador do México. Talvez não tenha sido algo para sentir tanta dor. Só que a origem do erro foi Layún pisar na perna de um adversário por querer. Isso é maldade. Se Neymar foi exemplar no jogo, Layún foi lamentável. A culpa não pode ser do jogador que foi pisado.
Se o bom comportamento de Neymar foi por medo de levar o amarelo, que ele jogue sempre como se estivesse pendurado. Já temos exemplos suficientes na Copa do Mundo para mostrar que ele deve estar concentrado na bola e não no apito.