Na noite da terça-feira, 16 de janeiro, Porto Alegre viveu uma das maiores tempestades dos últimos tempos, provocando prejuízos que são sentidos até hoje pela população, um mês depois. Desde os primeiros minutos da chuvarada que transformou o cenário da Capital, foi mais de uma centena de reportagens produzidas pela redação e publicadas em GZH e em Zero Hora, todas feitas pela perspectiva dos moradores atingidos.
Mostramos em tempo real a falta de luz e as vias bloqueadas, o trabalho de reconstrução da cidade, o drama de quem ficou dias sem luz e água e os protestos e a indignação dos consumidores que não se conformaram com a demora no restabelecimento dos serviços. Cobramos as providências das autoridades e ajudamos a apontar soluções para reduzir a gravidade dos danos em eventos futuros.
Jornalistas são sempre desafiados em situações como essa. Muitas vezes, sem saber a quem procurar para contar seu drama ou buscar informações, o cidadão recorre aos veículos de comunicação profissionais para obter respostas – ou simplesmente poder desabafar. Nessas horas, a agilidade, a objetividade e a precisão se impõem.
– Em casos extremos como esse, a importância do jornalismo profissional é ainda maior, porque não basta apenas mostrar a extensão dos estragos. É preciso se colocar no lugar do leitor para cobrar soluções dos órgãos responsáveis e discutir alternativas sobre o que é necessário mudar para que os problemas não tornem a ocorrer – diz Jaime Silva, chefe de reportagem da editoria de Notícias e um dos responsáveis pela coordenação da cobertura dos estragos provocados pela tempestade.
A foto que ilustra a capa desta edição mostra que, após 30 dias, moradores ainda convivem com os transtornos do temporal, com árvores bloqueando calçadas e provocando acúmulo de lixo. Em outra reportagem nesta mesma edição, entrevistamos autoridades e especialistas sobre o que é preciso ser feito para reforçar a prevenção e reduzir os danos provocados por esse tipo de evento climático. Os conteúdos estão nas páginas 16 e 17. E também podem ser acessados em GZH.