Desde 2009 ZH realiza, sempre em maio, mês de aniversário do jornal, uma visita a todas as faculdades de Jornalismo do Rio Grande do Sul para um bate-papo com estudantes. Um grupo integrado por colunistas, apresentadores, editores, repórteres e fotógrafos dos veículos da RBS é destacado para palestras na Capital e no Interior. Eu, que já fui em nove edições do programa, sempre saí desses encontros renovada e com muitas ideias. Frequentar a academia nos proporciona escapar da rotina profissional para mergulhar por algumas horas em um ambiente onde fervilham visões novas de mundo.
Neste ano, com a pandemia, ficamos impossibilitados de reeditar o ZH na Faculdade. Isso não nos impediu, no entanto, de manter o contato com alunos e professores a distância. Na terça-feira passada, participei de uma live com os alunos de Jornalismo das universidades Franciscana (UFN) e Federal de Santa Maria (UFSM). Como exercer a profissão neste momento adverso, os cuidados que são tomados na hora de um repórter sair às ruas e como são feitas as entrevistas em teletrabalho foram alguns dos pontos abordados na conversa.
Outros colegas da Redação também compartilharam suas experiências com estudantes. E, a julgar pelos depoimentos de alguns deles, que reproduzo abaixo, não fui só eu que saí do ambiente virtual renovada.
Eduardo Rosa, editor de GaúchaZH: “Na aula com estudantes da ESPM falei sobre como nos organizamos para a nova realidade e o que mudou na rotina. Foi interessante por não ser apenas uma troca entre mercado e academia a partir de papéis clássicos, mas sobre como o jornalismo estava se adaptando para continuar sendo relevante e contribuindo com a sociedade’’.
Larissa Roso, repórter de ZH: “Participei de aulas, palestras e lives com pesquisadores e estudantes de Comunicação da PUCRS, da Unicesumar, de Maringá, da ESPM, da UFSM e da UFN. Sempre gostei muito de conversar com estudantes. Durante a cobertura da pandemia, essa experiência tem sido ainda mais recompensadora. Percebo um grande interesse dos alunos em saber como nós, profissionais, estamos nos adaptando a tantas mudanças no dia a dia do trabalho”.
De Marcelo Gonzatto, repórter de ZH. “Na conversa com alunos da Universidade de Passo Fundo, da UFN e da UFSM sobre apuração com base em dados, percebi um grande interesse entre os alunos em superar aquele velho mito de que jornalistas não gostam muito de matemática e conhecer melhor o trabalho envolvendo análise de dados e estatística, além de demonstrar preocupação com o grau de transparência dos órgãos públicos na divulgação dessas informações fundamentais para auxiliar na fiscalização de governos e subsidiar políticas públicas”.
Rosane de Oliveira, colunista de ZH e comunicadora da Rádio Gaúcha, diz que o que melhor sintetiza o encontro com alunos da Unicruz é o feedback recebido da professora Margarete Ludwig: “Ter a oportunidade de aprender contigo e estar contigo através do suporte digital foi incrível para compreender a atuação do jornalista perante a pandemia. E melhor ainda foi ter o relato de uma profissional, referência para os estudantes e profissionais, sobre os desafios e a reafirmação da profissão. Essa live possibilitou muito conhecimento e otimismo sobre o jornalismo’’.
Que venham mais aulas, cursos, palestras e bate-papos a distância.