Pelo que recolho de informação aqui e ali, Fernando joga o Gre-Nal. Para o Inter, é fundamental que o volante cancheiro esteja apto. A diferença dele para Rômulo, em termos de entendimento da função e leitura de jogo, é transcendental. Como Thiago Maia tomou aquele cartão bobo contra o Corinthians e está suspenso, este eventual duplo desfalque teria potencial de desmonte no meio-campo.
Seria um cruzado no queixo de todo o lado esquerdo — Bernabei, Thiago Maia, Wesley, Vitão —, porque o ex-Flamengo encaixou feito luva como volante que cobre lateral e meia que entra na área, seja na fase defensiva ou ofensiva. Com Fernando em campo, Roger mexeria numa posição só. Bruno Henrique faz mais o lado direito, mas sua experiência e inteligência podem reduzir o impacto da ausência de Thiago Maia, cujo entrosamento com Fernando vinha sendo um ponto alto da equipe.
Mas há outra questão, de certa forma conectada com essa proteção que Fernando e Thiago Maia oferecem aos zagueiros. Roger perdeu Mercado, lesionado, e Igor Gomes, vendido ao Shabab Al Ahli, dos Emirados Árabes, este na corrida para buscar os R$ 135 milhões orçados em venda de jogadores.
Ao mesmo tempo, Agustín Rogel se lesionou. Restou Clayton Sampaio ao lado do titularíssimo Vitão. Só que Clayton não fez um jogo seguro sequer. Veio de Portugal. Estava sem jogar. É cedo para avaliações definitivas, mas Clayton no Gre-Nal é um risco nesse momento. Ele foi engolido por Yuri Alberto e Depay em Itaquera, sobrecarregando Vitão. Rogel não é nenhuma "Brastemp", ok, mas o técnico do Inter deveria pensar no uruguaio para o clássico, até porque ele saiu do time por lesão.
São duas semanas até o Gre-Nal para Roger reduzir os riscos na dupla zaga, que sentiu a perda de Mercado.
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