Pelé completaria 84 anos nesta quarta-feira (23). A avalanche de referências no mundo todo dá a dimensão da sua eternidade única na história do futebol. Clubes, entidades, jogadores e ex-jogadores, governos, torcedores — foi uma explosão de carinho e saudade nos mais diferentes idiomas.
Quando marcou seu gol 900, em um jogo da seleção portuguesa contra a Croácia, pela Liga das Nações, Cristiano Ronaldo acusou dor de cotovelo dupla. Primeiro ao dizer que ganhar Eurocopa é o mesmo que Copa do Mundo. Um delírio, claro, motivado por ciúme duplo, de Messi e de Pelé.
Depois, alfinetou Pelé, afirmando que talvez chegue aos mil gols, com a vantagem de ter "provas em vídeo" de todos. O português genial ainda não assimilou que nunca será o maior de todos os tempos.
Messi tem menos gols do que CR7, mas chegou ao cume da montanha ao ganhar a Copa do Catar. Se não foi nem o melhor de sua época, pensar em superar Pelé é um delírio até divertido. São três Copas do Mundo, a primeira aos 17 anos, e 1.283 gols, o último aos 37 anos.
Desculpa aí, Cristiano. Mas não. Aceita que dó menos.