É o time ideal? Não. Longe disso. Mas o Grêmio ofensivo tinha perdido para o Criciúma em casa. Veio o fantasma do rebaixamento. Aí, talvez por medo de levar uma tunda do Botafogo, foi acionado o modo segurança e veio empate com o líder. Como falei antes, na nossa transmissão, então posso repetir agora: foi acerto repetir a ideia operária, de menos posse de bola do que o Fortaleza, mesmo em casa.
Foi acerto também abrir mão do talento de Soteldo em nome da lado coletivo de Aravena, que morde, ajuda, marca — e faz gol. Assim como Braithwaite, centroavante que desarma na origem do primeiro gol. É dele o segundo. Ou seja: sim, atacante pode ajudar aqui atrás e chegar lá na frente.
Qual o problema de terminar o jogo com o lateral Igor Serrote dobrando com João Pedro? Ou de Edenilson passar um período de atacante, fechando linha de cinco no meio? Dessa maneira, foi muito mais agudo do que o outro, em tese criativo.
Este Grêmio possível, mais operário e coletivo, não cai de jeito nenhum. Se foi capaz de não perder para o poderoso Botafogo e fazer 3 a 1 no Fortaleza, terceiro na tabela, adeus, Z-4. Já são sete pontos de distância da pior zona do Brasileirão, e ainda tem um jogo a menos.
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