Como o ponto G do Brasileirão tende a diminuir, o jogo deste domingo (29) virou transcendental para o Inter. Com Palmeiras e Flamengo fora da briga por Libertadores, a chance de se abrirem mais vagas via pontos corridos cai bastante. Ainda tem o Botafogo e Galo, sim, mas com os quatro a probabilidade seria maior.
Na Sul-Americana, adeus. Corinthians e Cruzeiro seguem, mas não estarão na parte de cima da tabela do Brasileirão. O Corinthians vive para não cair. O Cruzeiro, se for campeão, entra em férias.
Ainda resta o Flamengo na Copa do Brasil, mas que a Flamengo? O sonho de muitas vagas diretas perdeu força. O Inter terá de buscar G-4, para não encarar jogos a mais da pré-Libertadores no meio de um Gauchão chave, por defender o octa — o Grêmio pode bater a marca histórica, já que venceu os últimos sete.
A mobilização tem de ser para 40 mil no Beira-Rio. Os jogadores agirão como se fosse final? Pois deveriam. Se ganhar, sobe a ladeira. Do contrário, mesmo que jogue bem, a sensação de filme repetido voltará das trevas para assombrar os colorados. Eu não disse que este Inter e Vitória era transcendental?
Trabalho em silêncio
Sem alarde, com o apoio do gerente D'Alessandro, o Inter está dando bem mais espaço para a base, antes considerada insuficiente. Roger Machado puxa jovens para treinos no grupo principal. É um acerto enorme.
O Inter vem falhando há anos em algo que sempre foi o seu DNA. Até onde a seca de talentos era culpa só da má formação, e não da impaciência dos técnicos na hora de lançá-los, em nome de cascudos que eram só mais velhos e nada mais? Pior do que lançar muito cedo é demorar a dar chance ou nem isso. A confiança do guri desaparece.
Quer receber as notícias mais importantes do Colorado? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Inter.