Não foi culpa de Renato o vacilo do Grêmio, que resultou em derrota de virada nos acréscimos por 3 a 2 para o Galo justamente no retorno à Arena, após 134 dias. Mas o jogo começou a mudar de mãos exatamente aos 13 minutos do segundo tempo, quando sai Monsalve e entra Edenilson, que foi volante de pouca marcação e meia inoperante. No mesmo instante, Braithwaite deixa o campo em nome de Natã Felipe.
É que o Galo, com um jogador a mais, havia mexido no intervalo. Milito trocou Fausto Vera e Otávio por Palácios e Vargas. Arriscou tudo. Era preciso marcá-los. Como condenar Renato? Só que, sem o dinamarquês e Monsalve, o Grêmio murchou. Encolheu-se como ainda não havia ocorrido após a expulsão de Gustavo Martins, a 19 da etapa inicial. Foi este cartão vermelho que matou o Grêmio no longo prazo.
Não imediatamente, pois o Galo demorou a arriscar, tanto que com Villasanti de zagueiro e Monsalve como dublê de volante tudo funcionou. Mas, quando Milito mexe no intervalo, empurrou o time de Renato para trás. Sem ter com quem se preocupar na sua defesa, o Atlético-MG alugou as cercanias da área do Grêmio. Virou no volume, na insistência, na bola que fica na área e dá chance de um pé trançado e bola na mão.
Monsalve era o dono do meio-campo. Bratihwaite segurava zagueiros. A virada veio no último lance dos acréscimos, o que dá uma sensação de vacilo. Em parte, ok. Mas repare: foram 28 finalizações contra 10. Na casinha, o Atlético-MG teve o dobro do Grêmio. O que matou o Grêmio foi o volume do Galo, com um a mais, após as saídas de Monsalve e do dinamarquês. Especialmente a de Monsalve.