Está na cara que o anúncio de D'Alessandro como diretor esportivo é, antes de tudo, uma cartada política. O olhar do torcedor será diferente já contra o Cruzeiro, sabendo que um multicampeão está no vestiário e no CT todos os dias.
A direção queria um ídolo. Tentou Abel Braga. Porém, reduzir a escolha somente a política é injusto. É preciso lembrar que o ex-capitão, antes de se aposentar, estuou para ser treinador. Tem licença AFA, a Assosación del Fútbol Argentino. Fez cursos de gestão. Trabalhou no Cruzeiro como diretor. Pode-se chamar de aposta, em se tratando do cargo e si, mas não de aventura.
Alvo de muitas críticas, Alessandro Barcellos dessa vez somou pontos. Pedir ajudar a D'Alessandro é um gesto de humildade. Eles estiveram em lados opostos na eleição que o reelegeu, com direito a dívidas antigas sendo tratadas ao microfone. Houve momentos tensos, mas a instituição ficou à frente dessas questiúnculas.
André Mazzuco, ex-Athletico-PR e Botafogo SAF, será o executivo. Não tinha cabimento o Inter ficar com esse posto vago em pleno 2024. O futebol ganha massa crítica com eles, deixando Roger e Paixão menos sozinhos. Frutos maiores? Só em 2025, mas eles já ajudarão na Operação 45, a que precisa livrar o Inter do desterro neste ano. Eis uma premissa básica para ter direito ao menos à renovação das esperanças no ano que vem.