Você escolhe a narrativa. Um Inter épico, bravo e guerreiro ou conservador, retrancado e sortudo? Uma mescla de ambas, eu diria. Certo é que o empate em 0 a 0 com o Cruzeiro, Mineirão lotado, um a menos desde os 31 do primeiro tempo, a partir de uma expulsão bisonha do desengonçado Rogel, deixa uma certeza clara: o vestiário fechou com Roger Machado — e com Paulo Paixão, pelo fôlego e força exibidos.
Há muito não se via um Inter tão envolvido, lutando por cada milímetro de campo. Sim, houve exagero na ideia de se defender e jogar no contra-ataque, com direito a "Balonismo FC" de tanto chutão, mas sobrou alma.
A exceção foi Valencia. Além de entrar no segundo tempo e cometer pênalti infantil, defendido por Anthoni, herói do jogo, o atacante pareceu displicente. Enquanto seus companheiros davam a vida defendendo em duas linhas de quatro (inclusive o astro Borré, marcando duro como lateral), Valencia caminhava.
O Inter somou um ponto na raça e na força física antes esquálida, e o fez com uma retranca explícita. Exagerou na dose de apenas de defender, baixando linhas, antes da expulsão. Precisa rever essa parte. Depois, resistiu. Ponto somado.
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