O Inter ganhou do Cuiabá por 1 a 0 e, com duas rodadas a menos, tem aproveitamento de G-4 no Brasileirão. Resultado importante, mas não sem momentos de pânico e sustos.
O primeiro tempo foi ruim. Péssimo, eu diria. Eduardo Coudet preservou Alan Patrick, que voltava de lesão e não podia ter duas partidas inteiras seguidas. Optou por manter Valencia e Borré, com Bruno Henrique atrás deles. Foi para o intervalo sem nenhum chute no alvo, um desarme apenas e nenhum drible completado.
Uma estatística tenebrosa, contra o pior time do campeonato, que é o Cuiabá. A mecânica foi ineficiente também. De costas, Borré e Valencia não recuavam para abrir espaços. Assim, sumiram do jogo. Uma atuação realmente assustadora. A boa notícia é que Eduardo Coudet percebeu o que deu errado e mexeu certo.
O de praxe seria tirar Bruno Henrique e colocar Alan Patrick. Mas o treinador fez logo duas alterações trocas no intervalo. Uma delas, ousada. Ousada e correta. O camisa 10 entrou no lugar de Valencia, no ataque, como era antes da chegada de Borré.
Mauricio, apático, saiu em nome de Aránguiz. Foi o chileno que assumiu a função de meia central, empurrando Bruno Henrique para a vaga de Mauricio, na direita.
As trocas mudaram o time da água para o vinho. Surgiram as finalizações, desarmes e dribles que não aconteciam. A vitória por 1 a 0, com gol de Mallo após cruzamento de Robert Renan, após flutuação do camisa 10, atraindo marcação e abrindo espaço, nasce dessas alterações. O que nos remete para o futuro.
Está redesenhado o time. Sem Borré e Valencia, que vão para a Copa América, Alan Patrick retorna para ser atacante, ao lado de Alario. Aránguiz, que qualifica o passe, logo atrás deles. Resta saber se Mauricio vai sair do time em nome de Bruno Henrique, como se viu em Cuiabá. Nesse momento, seria o melhor, liberando Wesley como atacante agudo na esquerda.